sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Passei!


 É. Depois de tanto tempo sem postar nenhum texto, até me sinto tímida para começar uma nova postagem, rs. Mas olha, comecei.

No meu último texto, eu contei sobre a experiência do meu teste para conseguir a carteira de habilitação de moto. Acabei de reler ele, e descobri que faz mais de um ano que não posto nada aqui. Era pra ter outra postagem contando que eu tinha passado no teste de carro em julho de 2013, mas não... não passei.  Na primeira tentativa, eu cometi um erro grave no final do teste e fui reprovada. Me emocionei demais, cantei vitória antes da hora e subi no meio fio (hi). 

Na segunda vez, me senti muito injustiçada e traumatizada por um examinador estúpido e prepotente. Decidi, então, desistir naquele momento da categoria B. Deixar para o próximo ano. Fui enrolando, colocando a culpa nas correrias, falta de grana, até que em dezembro apareceu a oportunidade de fazer o teste novamente e felizmente passei e  não perdi nenhum pontinho, apesar de que a minha perna direita resolveu ter vida própria e tremer sem parar.  Muita adrenalina, nervosismo e um resultado satisfatório (uhu!).

Poderia detalhar mais essa experiência, mas estou muito contagiada pelo início de um novo ano e muito reflexiva sobre os fatos de 2014. Foi um ano e tanto e com muito aprendizado. Descobri novos defeitos, limitações, talentos e sobretudo uma capacidade de respirar fundo e continuar. Sempre gostei de me movimentar, estar em constante atividade, mas ainda não tinha aprendido muito sobre a forma correta de se movimentar, pra que lado, em que direção e ainda estou tentando. Os aprendizados deste ano estiveram todos interligados, alguns simples, mas que acrescentaram boas coisas em outros momentos complicados, como, por exemplo, aprender a tocar um instrumento, dançar nas aulas de zumba (mesmo que sem gingado nenhum, rs), ser dinâmica no trânsito, no trabalho e na vida, entre outras habilidades.

Parece que não tem nada a ver uma coisa com a outra, mas meus colegas de trabalho vão rir quando eu disser que aprendi o que é ter ritmo com isso tudo. E como é difícil! Ritmo pra acertar os passos de zumba, pra tocar a minha musica preferida, ou para pintar as unhas enquanto leio uma matéria importante. Unir todos os seus conhecimentos de forma ordenada e harmônica para então ter o resultado desejado é muito difícil, mas quando você consegue, a sensação é muito prazerosa.

Descobri coisas novas, fiz outras que jamais me imaginei fazendo, errei, chorei, perdi o sono, a paciência, mas também ganhei forças extras, confiança, credibilidade, carinho, reconhecimento, comemorei, dei muita risada e ainda vou comemorar muito mais, aprendi a ter amor próprio e muitas vezes a ser egoísta na classificação de quem pouco me conhece.

Aprendi a levantar da cama, mesmo com uma bagagem tão pesada de responsabilidades e problemas para solucionar. A vontade de desistir vinha todos os dias, mas logo eu acordava pra vida, com algum telefonema, uma mensagem, ou até com alguma força inexplicável que me fez ficar de pé em inúmeras manhãs difíceis. Esse negócio de você “tocar o seu próprio trabalho” te faz entender que a liberdade é uma coisa muito complexa e que muitas vezes, por mais que você se esforce, você vai perder o controle da situação e sim, as coisas vão dar errado. Vai aparecer alguma figurinha injusta, assim como aquele examinador de teste CNH, e vai te mostrar que não é momento disso dar certo e que você vai ter que cair ali para aprender alguma coisa.
O universo te testa, te desafia, fazendo você criar anticorpos cada vez mais fortes para superar, levantar e tentar novamente.
Bom, de qualquer forma, apesar de ter me esforçado muito este ano, eu sinto ainda que eu poderia ter dado muito mais de mim. Mas levo de aprendizado para esse ano lindo que está chegando ai.
Começo o 2015, com um frio na barriga, porque sei que mudanças virão e isso deixa tudo mais interessante e me sinto começando um novo ano letivo, igual nos anos escolares, curiosa e disposta aprender muito mais. Mas é isso. Chega de blá blá blá e que venha esse ano novo! Venha logo! (ok, ainda estou aprendendo a controlar ansiedade).

E o que importa é que eu PASSEI no teste, P&¨%$$ ! Passei o 2014 também!

E para terminar vou deixar um trecho de uma música que eu conheci ao vivo, durante o Motorcycle deste ano. A Pitty também foi uma surpresa de 2014, confesso que não esperava gostar do show dela.

“Se coisa ruim faz a gente crescer
E todo esse clichê
Já nem caibo mais na casa
Não caibo mais aqui
(...)
Viver parece mesmo
Coisa de insistente
A postura é combativa
Ainda tô aqui viva
Um pouco mais triste
Mas muito mais forte” (Sete Vidas- Pitty)

Raquel Fernandes
26.12.14


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